16 de nov. de 2008

Restaurante: El Kabong Grill, Moema, São Paulo, SP



Gosta de comida Mexicana? El Kabong é o nome em homenagem a um personagem mexicano dos desenhos animados. A comida mexicana é de primeira. Pedimos Quesadillas, uma espécie de panquecas. No caso foi de carne, mas poderia ter sido de frango e outras opções. Mas, é um típico mexicano? Não. A música é rock americano de ótima qualidade, mas só deve tocar na fronteira com o México. Os atendentes também não se vestem como mexicanos ou pretendem de nenhuma forma passar por eles. A decoração do ambiente mais parece um pub inglês. Falando assim, você pode pensar que o El Kabong não é uma boa, mas é sim. O ambiente de penumbra dos pubs ingleses o tornam muito agradável. O formato de booth das mesas preservam a intimidade e a acústica é tal que, mesmo com a música em razoavelmente alto volume, conseguimos conversar agradavelmente. Apenas não vá esperando algo típicamente mexicano. É uma salada deliciosa de México (comida); Estados Unidos (música) e Inglaterra (ambientação). Lugar agradável, com boa música e boa comida.
Preço: razoável
Endereço: Alameda Jauaperi, 626 em Moema, São Paulo, SP
Cartões: Aceita Visa e Mastercard
Estacionamento: pago

15 de nov. de 2008

Filme: Vicky Cristina Barcelona


Há anos faço uma lista das cidades que considero mais encantadoras no mundo. Várias já estiveram em primeiro lugar: Nova Iorque, Cuzco no Perú; Salamanca, na Espanha; Veneza...Mas, depois que conheci Barcelona, vai ser difícil alguma outra lhe tirar o primeiro lugar. O espírito catalão traz um ar de liberdade, de poesia, de beleza, arte e romance simplesmente indescritíveis.

Assim, fui ver o filme de Woody Allen mais para rever Barcelona do que qualquer outra coisa. Mas, a surpresa foi agradável...

Vicky e Cristina são duas amigas diametralmente opostas em quase tudo. E em Barcelona encontram Juán Antônio que traz um grande amor fracassado em sua vida (tentou matá-lo), Maria Elena (a encantadora Penélope Cruz). O filme é um show de sensibilidade, beleza e poesia. Somente um gênio como o de Woody Allen para discutir relacionamentos tão complexos, com leveza e graça, de forma que, em nenhum momento, o filme se torna pesado ou cansativo. Muito pelo contrário, flui todo o tempo nos trazendo um sentimento de querer mais.

A cena do encontro de Juán Antônio (magistralmente interpretado por Javier Bardem) com Cristina (Scarlett Johansson) e Vicky (Rebecca Hall) é antológica. Os diálogos são fantásticos e Woody Allen transforma o encontro que seria de outra forma vulgar em algo simplesmente poético e encantador.

Quando postas lado a lado Penélope Cruz e Scarlett Johansson, por alguma mágica cinematográfica de Woody, faz Scarlett desaparecer, diante da beleza maior e apaixonada de Maria Elena. Nos mostra porque Juán Antônio jamais consegue deixar de amar Maria Elena. É na paixão de Maria Elena que reside o amor e não na platitude de Cristina.

De quebra, Woody nos oferece Patricia Clarkson, interpretando magistralmente a anfitriã, que vive um casamento sem amor. Tudo com cheiro de realidade. Daquelas coisas que todos nós já tivemos, em maior ou menor escala.

Não é um filme para ser assistido, e sim degustado, como uma comida rara regada por um vinho especial. De quebra você ganha uma consulta com um analista, neste caso, representado pelo filme. Sairá com a alma lavada, compreendendo a impossibilidade de viver com a Maria Elena que passou pela sua vida. Quem não teve uma?

Na foto: Juán Antônio (Javier Bardem) com Rebecca Hall (Vicky)

Classificação: IMPERDÍVEL