Diretor David Cronemberg |
Viggo Mortensen (Freud) |
No navio a caminho dos Estados Unidos, Freud fala para Jung que a América não sabe o que lhes espera, pois estão levando a praga, referindo-se às descobertas da psicanálise sobre a mente humana.
O diretor David Cronenberg é um mestre (foto) e o filme tem uma beleza espetacular. Os costumes da época, principalmente da família de Carl Jung, cuja esposa é muito rica, nos faz viajar à década de 30 do século 20. Keira Knightley, no papel da paciente russa, amante de Jung, dá um show de interpretação, mostrando que pode ir muito além do seu papel de "mocinha" em Piratas do Caribe.
Além do brilhante diretor, os papéis de Freud (Viggo Mortensen) e Jung (Michael Fassbender) estão desempenhados com perfeição.
O filme conta a história dos primórdios da psicanálise criada por Sigmund Freud, que sabia ser sua condição de judeu - na Europa preconceituosa da época - um problema para a aceitação da teoria que criara. Portanto, elege Carl Jung, um ariano puro, casado com uma rica mulher da sociedade alemã, para ser seu sucessor.
Keira Knightley |
Mas, o comportamento problemático de Jung deixa Freud profundamente decepcionado, rompendo claramente o relacionamento, para preservar a imagem da psicoanálise.
Assim, o filme discute os preconceitos da época de forma sutil quando a segunda guerra se aproxima rapidamente. Freud morreu em 1939, tendo a segunda guerra eclodido com a invasão da Polônia em setembro de 1939. Jung, bem mais moço, conseguiu sobreviver a todos os personagens do filme, tendo morrido somente no início da década de 1960, como nos conta o filme ao seu final.
Se você não acredita na psicanálise, e nem gosta de filmes densos, não vá! Caso contrário, você vai gostar de ver os problemas humanos dos geniais investigadores da mente humana. E vai compreender também porque Jung não conseguiu entrar para a história no mesmo patamar de Freud.
Michael Fassbender |
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